Written by 12:33 ACONTECE, ARTIGO

Carta aberta da Revista Aorta

somos todos contra a PEC da blindagem e a PEC da anistia

Caros leitores,

Hoje, mais uma vez, a política brasileira se coloca em um abismo que não podemos e não devemos tolerar. A PEC da Blindagem já foi votada e a PEC da Anistia está prestes a ser colocada em pauta, e nós, da Revista Aorta, viemos aqui expressar nossa mais profunda indignação e nosso repúdio a essas propostas. Não podemos, de maneira alguma, aceitar que essas emendas constitucionais sigam adiante, blindando interesses particulares e enfraquecendo ainda mais a nossa democracia.

A PEC da Blindagem, já aprovada na Câmara dos Deputados, representa um ataque direto à nossa Constituição, à ética e à confiança que o povo brasileiro deposita nas instituições. Ao blindar ações de governantes e ex-governantes de qualquer tipo de investigação e responsabilização, ela desrespeita os princípios fundamentais de um Estado democrático de direito. É inaceitável que aqueles que ocupam cargos públicos se coloquem acima da lei, como se suas ações estivessem isentas de escrutínio e controle.

Não podemos nos calar diante dessa afronta. O Brasil está atolado em desigualdades, em crises sociais profundas, e enquanto as urnas continuam a eleger figuras que desrespeitam a Constituição, os trabalhadores, as minorias e os mais vulneráveis seguem sendo deixados para trás. Precisamos de reformas que beneficiem o povo e não apenas a classe política. O que queremos é uma jornada de trabalho reduzida, de 6×1 para 4×2, o que possibilitaria a todos uma melhor qualidade de vida e mais tempo com suas famílias. Precisamos de projetos que isentem o imposto de renda para quem ganha até 5 mil reais, para que as famílias possam ter mais dignidade e menos pressão sobre suas finanças. Precisamos de mudanças reais e urgentes que visem à justiça social e ao bem-estar da população.

Já a PEC da Anistia, que está prestes a ser votada, representa um retrocesso ainda maior. Ela visa dar uma espécie de “perdão” político a ações que, durante a ditadura e até no período recente, passaram despercebidas pela justiça. O perdão institucionalizado não pode ser o caminho. Como podemos falar em democracia e liberdade se estamos dispostos a esquecer os crimes que marcaram nossa história? Como podemos garantir justiça se continuamos a passar por cima dos direitos de quem foi silenciado por esse sistema? Essa PEC é, na prática, um amparo à impunidade, um convite a uma falsa reconciliação que ignora os ferimentos ainda abertos pela sociedade.

Em nome da Revista Aorta, e com o apoio de todos os nossos leitores que acreditam em uma sociedade mais justa, queremos ser claros: somos veementemente contra essas PECs e em total desacordo com o rumo que estão tentando impor ao país. As instituições brasileiras, especialmente a Câmara dos Deputados e o Senado, devem garantir o cumprimento da Constituição, garantir o funcionamento de nossa democracia e, mais importante, garantir que as vozes do povo, que clamam por mudança e justiça, sejam ouvidas.

O momento é grave. Não podemos permitir que o Brasil continue a caminhar para a blindagem dos poderosos enquanto o povo sofre nas periferias, nas favelas, nas escolas e hospitais sucateados. A política não deve ser um espaço de privilégios para poucos. O Brasil precisa de uma política que olhe para a base, que olhe para aqueles que realmente importam, que são os cidadãos e cidadãs que pagam a conta.

Por isso, como Revista Aorta, reafirmamos nosso compromisso com a verdade, com a justiça e com a democracia. E convidamos todos os nossos leitores a se unirem a nós nesta luta. É hora de levantar a voz contra as injustiças e reivindicar um Brasil que, de fato, seja para todos.

Alex Brito

CEO e Editor chefe

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Last modified: 18/09/2025

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