Por Diana Silva
Está a tornar-se comum a emancipação das épocas, existe toda uma preparação para datas festivas, com várias semanas de antecedência. Uma das festividades em especial — está a tornar-se trimestral — ficou cada vez mais evidente com o abalo que o mundo sofreu após a pandemia.
O frenesim começa em setembro com o regresso às aulas, mas dita o bom senso que ainda falta demasiado tempo para lá chegarmos, então escala lentamente a ansiedade, que se torna palpável a partir da segunda quinzena de outubro.
As livrarias online fazem descontos com mais frequência, a publicidade alerta para as novidades nas prateleiras e nos sites, criam-se destaques nos supermercados nas zonas maravilhosas de papelaria.
As editoras também aproveitam o embalo desta antecipação para fazer mais lançamentos e usufruir da época mais consumista do ano.
Afinal livro que é bom, é livro oferecido.
Se há época de agenda cheia para apresentações, esta é sem dúvida alguma a predilecta, sobretudo no que toca ao género infantojuvenil, incentivando assim os mais novos ao gosto pela leitura, o que traz benefícios que ajudam também a combater o insucesso escolar.
Com feiras e festas literárias cativantes para os leitores, abraçamos as chamadas wishlists dos amigos e familiares para uma surpresa embrulhada recheada de cultura, aventura ou até suspense. Os gostos são muito pessoais, arriscar para ofertas repetidas, não é aconselhável, sobretudo com a vasta diversificação de géneros literários que existem atualmente.
De outubro a dezembro, podemos observar os certames literários a acontecer como se de um choque em cadeia se tratasse — uns após outros, o que dá a oportunidade de fazer compras com bastante tempo e com consciência, pelo menos, para quem não deixa chegar a “última hora”.
Agora que ler se está a tornar novamente um must, até os giveaways aumentaram nas redes sociais, uma jogada de marketing que, na altura certa, faz toda a diferença para aumentar os seguidores e possíveis vendas.
Não nos esqueçamos da famosa Black Friday, em que podemos arranjar e-readers muito mais em conta. É cada vez mais comum a adesão ao formato digital, seja por ser mais prático de transportar, seja pelo valor a que fica cada obra, ou até mesmo para ajudar o meio ambiente.
Passámos a ter um trimestre natalício, onde uma parte substancial da sociedade já deixa de parte datas como o Dia das Bruxas e o dia de Ação de Graças, para dar lugar à magia das luzes e ao papel de embrulho. Se é para se prevenirem, como muitos afirmam, aconselho a fazer uma boa pesquisa e a apoiarem não só, mas também, autores independentes e editoras mais pequenas. O mercado está saturado, mas nós temos o poder de escolha.
Boas Leituras!
Nota: Este artigo foi escrito seguindo as regras do Antigo Acordo Ortográfico.
Last modified: 08/11/2024